terça-feira, 27 de julho de 2010

Lua

Assim, iluminada por uma fraca luz laranja em sua semi-esfera inferior, A lua crescente parecia sorrir debochadamente. Quantas promessas, quantas juras de amor já teriam sido feitas evocando o romantismo deste corpo celeste? Por quantas vezes terá sido este círculo branco a única paisagem em comum entre dois amantes distantes? Quantas lágrimas já atraíra de olhares com a mesma intensidade que atrai as águas do oceano e as faz encher as marés? Não seria ela própria uma apaixonada pelo globo terrestre, orbitando em sua volta sem jamais poder toca-lo e, por vezes, bloqueando o Sol em eclipses de ciúmes?iashdiagd

E, lá do alto, ela observa. Uma testemunha distante, debochada e eterna. Mas ainda sim louvada, admirada e amada.

Ela sabe que, ao contrário do que nossa história conta, foi a Lua quem conquistou o Homem. 

2 comentários: