Os finais felizes
Fenecem as raízes
Em beijos de atrizes
No limbo da ficção.
Irreais, desejados
Jazendo maltratados
Já saindo atrapalhados
No final de uma sessão.
Até que os olhares,
Brilhando assim aos pares,
Padecem pelos males
De ser tudo ilusão.
Mas uma esperança
(Ainda tola: é criança)
Com toda confiança
Aparece no coração.
E se a verdade é bem pouca,
A alegria é uma louca
Ladrando com voz rouca
E ameaçando a razão.
E assim, a realidade,
Esta velha de muita idade,
Se rende à necessidade
De viver com emoção.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Final Feliz
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