quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Rabiscos

Uma noite, dois amantes

Dois amantes, um desejo.

Um desejo, duas bocas.

Duas bocas, um beijo.

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Nenhum astro se sente seguro

Sem ninguém que diga ou conte,

Todo dia, com medo do escuro,

O Sol se esconde atrás de um monte.

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Algo eu não consigo perceber,

mistério maior que tramas e intrigas:

quando começa a chover,

Pra onde é que vão as formigas?

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Na natureza não há justiça ou escolha.

Quando sopra uma ventania ligeira,

A árvore perde uma folha;

a folha, uma árvore inteira.

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A Solidão me disse: desperta!

Nenhum ser humano convém.

Se eu fosse a uma ilha deserta,

Não levava ninguém!

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Um dia, tomando cappuccino,

mandei pro inferno esse tal de desejo.

Se eu acreditasse mesmo em destino,

não te dava sorrisos, te dava um beijo.

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Você foi ao dentista. Pra quê?

Sei que me enganaram, foi isso!

Quem voltou não era você…

Onde estava o seu sorriso?

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Se a borboleta pousa delicada,

é indiferente à alegria ou à dor.

Se ela permanece ali, parada,

É porque te confundiu com uma flor.

3 comentários:

  1. É o teu segundo poema que leio e estou achando-os realmente bons! Belíssimo este. Os meus parabéns!

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  2. é o primeiro poema q eu leio. e achei muito gay.

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